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sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Flor

A flor no vaso era um punhal
que forçava contra meus olhos
sob a meia luz vinha a semana
eu não enlouquecia pela manhã

Derramava o café garganta abaixo
despertava o interesse e olhava
acontecimentos num circo
se havia sorriso eu não via nenhum

Eu não dava bom dia à ninguém
calava-me durante algum tempo
em silêncio gritava sem ser ouvido
era alguma música que cantava

Olha-me o cachorro fiel
ao meu lado quando escrevia
entre o tédio e o medo
era feliz apenas em momentos

O chão acolheu meus ossos
23 anos amontoados até aqui
pensei que não amaria
me enganei e foi a melhor coisa

E o próximo ato?
copo ou garrafa?
fumaça ou agulha?
Apenas amor

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